Lucas André Ferrari, o sobrenome dispensa apresentação. Como treinar um ídolo? Conheci o Ferrari logo que comecei a fazer atletismo, como atleta e amigo. Na época como bolsista do projeto de iniciação do CEFID/UDESC nem imaginava que iria trabalhar com atletismo paralímpico, éramos parceiros de treinos, dividimos alguns treinos planejados pelo @heitorsales_personal. Alguns anos se passaram e o Ferrari foi se destacando, melhorando seu desempenho como atleta paralímpico em um ritmo impressionante, até que chegou o grande dia de conseguir sua medalha no Parapan de Guadalajara, 2011. Logo em seguida conquistou sua vaga nos Jogos Paralímpicos de Londres, 2012. Também nessa Paralímpiadas o Heitor foi convocado e participou como atleta-guia. A admiração era imensa, duas pessoas que compartilhavam a pista diariamente representando o país. Enquanto isso eu continuava com o projeto de extensão, com o curso de Educação Física, com a iniciação dos atletas de atletismo da cidade de Florianópolis e buscando o melhor de mim como atleta e treinador.
Poucos anos de formado e com alguns anos de vivência no atletismo recebi o convite do Lucas Ferrari para conduzir seus treinamentos, antes mesmo de ser contratado pela AFLODEF. Imagine a missão de treinar um ídolo e ainda ter a responsabilidade de melhorar seu desempenho. Tudo que eu recebi de confiança dele foi transferido para muito trabalho, dedicação e estudos. A luta era diária, falta de patrocínio, alguns apoios, uma estrutura suficiente e muita vontade de vencer. Vontade essa que fazia o Ferrari não faltar treinos e sempre deixar na pista muito suor. Foi uma transição rápida, quando vimos os Jogos Panamericanos de Toronto 2015 estavam na nossa frente. Mais uma medalha de prata em jogos Panamericanos, com direito a dobradinha do Brasil no pódio! Emoção única! Vendo resumidamente pode parecer fácil manter o lugar no pódio, mas em 4 anos o esporte paralímíco evoluiu muito e o Ferrari acompanhou toda essa evolução com muita luta, raça, treinamento, apoio da família e amigos. Não basta só o atleta querer, se não tem mais pessoas acreditando nos seus sonhos. A família do Ferrari é peça fundamental nessa história. Infelizmente a tão sonhada vaga nas Paralímpiadas do Rio 2016 não foi alcançada, foi uma junção de fatores que é difícil de acreditar, mas chegamos muito perto. Essa história tem detalhes suficientes para escrever um livro, melhor ainda se fosse escrito pelo Ferrari (Fica a sugestão kkk!). O melhor, essa história ainda não acabou, hoje o Ferrari está treinando com o Heitor Salles e eu continuo como tudo começo um grande fã e torcedor! Siga o @lucasferrari.atleta, a inspiração está muito mais perto do que você imagina. Acompanhe pessoas próximas, vibre pelas conquistas de alguém que você realmente pode apoiar! Treinador “éfeito” de atleta #7.